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Com ondas capazes de transpor barreiras e que alcançam longas distâncias, ele consegue estar presente até nos lugares mais longínquos, onde por vezes, não há nem energia elétrica. Assim é o rádio. Um veículo de comunicação que nasceu por volta de 1896 e que, ainda hoje, marca um encontro diário em diversos lares. Tanta relevância fez com que mundialmente uma data fosse dedicada a ele. Desde 2012, 13 de fevereiro, neste domingo, é celebrado o Dia Mundial do Rádio.
Entendendo a importância do veículo, o Grupo Diário lançou, em 30 de agosto de 2021, a Central Diário de Notícias, a CDN. Transmitida na frequência modulada (FM) 93.5, traz a proposta do jornalismo 24 horas ao lado da comunidade. São 20 programas e cerca de 40 profissionais engajados, com abrangência em mais de 30 municípios.
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VINCULO E AFETO
Grande parte dos ouvintes tem o rádio como companheiro diário. A assiduidade faz com que um vínculo de afeto se forme com apresentadores e repórteres. Uma relação que transpõe a distância dos transmissores e coloca a equipe como se estivesse junto do público.
A jornalista e apresentadora do programa Bom Dia, Cidade, da CDN, Viviana Fronza, 42 anos, trabalha com rádio há 13 anos. Para ela, o que torna o rádio tão especial entre os veículos de comunicação é a proximidade do radialista com o ouvinte.
- Nós, que estamos no rádio, somos companhia para esse ouvinte, mas esse ouvinte que está do outro lado também é o nosso companheiro diário. Aliás, sem os ouvintes, quem seríamos nós nos nossos programas? Então, essa nossa cumplicidade com o ouvinte, essa troca, esse nosso retorno, é a parte mais gratificante que temos todos os dias ao chegarmos aqui na CDN - destaca Viviana.
Do mesmo modo pensa o também jornalista e apresentador do Bom Dia, Cidade Alexandre De Grandi, 47 anos, que cita ter ouvintes cativos que os acompanham diariamente nas transmissões.
- É isso que mais motiva a gente. Essa relação que criamos com quem está do outro lado. Na maioria das vezes nem conhecemos pessoalmente essa pessoa, mas a proximidade, a relação que se cria é tão íntima, tão estreita, que a gente sente como se conhecesse há anos. Prezamos muito por isso. Só temos a agradecer o carinho e o privilégio que essas pessoas nos dão através da audiência delas - enaltece De Grandi.
"WEBESPECTADOR"
A radiodifusão utiliza a internet como um ambiente de convergência complementar, que facilita o acesso em relação às distâncias e acrescenta a possibilidade audiovisual ao entregar conteúdos. A aposentada Dilma Nascimento é uma "webespectadora" assídua. Aos 71 anos, ela acompanha e interage diariamente durante a programação da CDN por meio da transmissão na página do Facebook do Grupo Diário.
- Começo assistindo de manhã o Bom Dia, Cidade, e, todas as vezes que eu consigo, estou sempre "ligadinha". Gosto muito, fico muito bem informada. Já sou viciada em assistir, gosto muito mesmo. De noite, antes de dormir, ainda assisto - relata a aposentada.
TRANSFORMAÇÕES
Apesar de ser antigo, o veículo de comunicação já vivenciou inúmeras transformações tecnológicas e nos hábitos de consumo. Por seu dinamismo, instantaneidade e possibilidades de interação, o rádio se reinventa ao longo dos mais de 100 anos de existência. As emissoras readaptam equipamentos, formatos e modos de interatividade.
- O rádio jamais vai ser extinto. O rádio se reinventa, transforma-se. Hoje estamos fazendo o programa de rádio, sendo vistos na TV e sendo acompanhados também nas redes sociais. Então o rádio tem essa capacidade de se reinventar, de se readaptar e se manter muito no convívio das pessoas e na casa das pessoas - finaliza a radialista Viviana Fronza.
ACOMPANHE A CDN
- Pelo rádio, na 93.5 FM
- Na TV, pelos canais 26 e 526 da Net
- Na internet pelas lives do Facebook; transmissão 24h pelo YouTube; clicando aqui ou no aplicativo para Android do Grupo Diário
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ESCOLHA DE VIDA
Entre peças, ferramentas, aparelhos, lembranças, apreço e muito zelo trabalha Amauri José Colvero, 81 anos, que montou uma oficina de restauração de rádios antigos e, há décadas, presta o serviço em Santa Maria.
Para ele, o rádio tem um significado diferente. Desde criança, criou uma relação afetuosa ao trabalhar com montagens e consertos de equipamentos sonoros. Com muito amor, são mais de sete décadas dedicadas ao rádio:
- As pessoas que trazem para conserto os rádios de família, elas acreditam que não vai funcionar, porque tem problemas e, ao ver o rádio funcionar, as pessoas até se emocionam, porque aquilo ali é uma relíquia para elas - destaca Colvero.
FUNCIONAMENTO
O sistema de rádio funciona a partir de um transmissor responsável por transformar sinais sonoros analógicos ou digitais em ondas eletromagnéticas. Essas são enviadas para o espaço através de uma antena. Do outro lado, um receptor recebe os sinais eletromagnéticos e os transforma em ondas sonoras, sinais digitais ou analógicos.
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É com brilho no olhar, típico de quem é apaixonado por algo, que o operador de áudio Gabriel Cervi Prado, 33 anos, explica sobre o funcionamento técnico da CDN. Detalhadamente, ele mostra cada sinal, luz e botão dos equipamentos responsáveis por colocar a rádio no ar pela 93.5 FM, a partir do sistema de automação.
- De forma digital, o software permite automatizar a programação diariamente. Comerciais e materiais gravados podem ser inseridos ou retirados, facilitando o trabalho - explica Gabriel.
Ele, que a partir das 7h comanda a mesa de 16 canais, tem na rádio um de seus amores.
- Desde 2000, quando iniciei a trabalhar com isso, virou uma febre, praticamente um vício. Se eu pudesse não dormir e viver no rádio, eu faria - exalta o operador.
TRABALHO
Muitos são os motivos que sintonizam as pessoas ao rádio. Há aqueles que acordam já o escutando, os que ouvem pela previsão do tempo, quem queira saber as condições do trânsito e, também, quem tem ele como companheiro durante o trabalho. É o caso do motorista de transporte público Mário Sergio Rodrigues, 41 anos, que considera o veículo de comunicação excepcional e democrático, pois permite que praticamente todos tenham acesso. Ouvinte assíduo da CDN, ele tem a oportunidade de acompanhar a programação da 93.5 FM durante o expediente e, ainda, compartilhar com os passageiros o conteúdo.
- Eu só tenho a agradecer ao rádio, por todas as informações, por tudo aquilo que é passado para mim durante o dia. Através do rádio eu consigo conciliar o meu trabalho com a informação, e as pessoas que estão dentro do coletivo também estão sempre bem informadas. O rádio tem esse papel, de trazer com credibilidade à notícia - relata o motorista.